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Como As Mulheres Nazistas Se Tornaram Agentes De Tortura E Terror

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Zulu Xuxu
Zulu Xuxu
09 Jun 2025

AVISO: Este documentário está inserido em um contexto educacional e histórico. NÃO toleramos nem promovemos o ódio contra qualquer grupo de pessoas, NÃO promovemos a violência. Condenamos esses eventos para que nunca mais aconteçam. NUNCA MAIS. Todas as fotos foram censuradas de acordo com as políticas de anunciantes do YouTube.

No inverno de 1934, enquanto as ruas de Berlim se enchiam de bandeiras com suásticas, as mulheres alemãs receberam um presente peculiar de seu governo: uma Cruz de Honra da Mãe Alemã em bronze. Disponível em três classes—bronze para quatro filhos, prata para seis, e ouro para oito ou mais—essas medalhas simbolizavam a realização feminina mais celebrada do Reich: a maternidade prolífica. As medalhas, usadas de forma proeminente em fitas preto-branco-vermelhas, representavam mais do que um reconhecimento; incorporavam a estratégia abrangente do regime nazista de transformar a feminilidade em arma para seus objetivos ideológicos. Uma mãe bávara de nove filhos, Anna Haag, lembrou em seu diário como autoridades locais lhe entregaram a medalha de ouro em uma cerimônia com a presença de centenas de pessoas, onde ela ficou ao lado de outras dezesseis mães enquanto o prefeito as proclamava “as salvadoras do sangue alemão”. No entanto, em particular, Haag confessou sua ambivalência, escrevendo: “Honram meu útero enquanto aprisionam minha mente.”
A ascensão nazista ao poder marcou uma mudança drástica na posição social das mulheres alemãs. Após as liberdades relativas da República de Weimar, onde as mulheres conquistaram o direito ao voto e ingressaram em esferas profissionais, a visão nacional-socialista deliberadamente restringiu as aspirações femininas ao espaço doméstico. Essa visão se cristalizou em torno do conceito alemão tradicional de “Kinder, Küche, Kirche” (Crianças, Cozinha, Igreja)—um ideal tripartido que definia as mulheres principalmente pela maternidade, domesticidade e virtude moral. A própria frase antecedia o nazismo, sendo atribuída ao Kaiser Wilhelm II no final do século XIX, mas encontrou novo vigor sob o regime de Hitler. Em termos práticos, isso significava a demissão de mulheres de cargos no serviço público, cotas universitárias que limitavam o número de alunas a 10%, e a introdução de cursos de “Ciência Doméstica” nas escolas femininas. Um exemplo revelador ocorreu em 1936, quando a matemática Emmy Noether, uma das mentes mais brilhantes da Alemanha, que havia finalmente conseguido uma cátedra durante os anos de Weimar, foi sumariamente demitida da Universidade de Göttingen com a justificativa de que “as mulheres pertencem ao lar, não ao púlpito”.
Esse arcabouço ideológico não foi meramente sugerido—foi sistematicamente propagado por todos os meios disponíveis. O ministério da propaganda de Joseph Goebbels elaborou uma campanha multifacetada que glorificava a mãe alemã como o alicerce biológico e cultural do Reich de Mil Anos. A Frauenschaft (Liga Feminina Nazista), liderada por Gertrud Scholtz-Klink, tornou-se a maior organização feminina da Alemanha, com mais de seis milhões de membros até 1938. Por meio dessa organização, o modelo da mulher alemã ideal foi estabelecido: loira, robusta, vestida modestamente, com maquiagem mínima e constantemente focada nos deveres familiares. Scholtz-Klink, ela própria mãe de onze filhos de vários casamentos, ficou conhecida como a “Mulher Nazista Perfeita” e viajou extensivamente fazendo discursos. Em um pronunciamento de 1936 no Comício de Nuremberg, ela proclamou: “A missão da mulher é servir no lar e em sua profissão às necessidades da vida do primeiro ao último momento da existência do homem.” Ironicamente, essa defensora da domesticidade mantinha uma agenda pública rigorosa, com um escritório em Berlim e viagens constantes que a mantinham longe de seus próprios filhos por longos períodos.

00:00 Mulheres na Máquina de Propaganda Nazista
17:12 Guardas Femininas do Sistema de Campos Nazistas
35:42 Espiãs do Terceiro Reich

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